Uma empresária me liga em desespero desmarcando uma reunião, inicialmente para falar sobre o seu novo site, pois seu curso não estava tendo as inscrições necessárias e faltam apenas 3 dias para acontecer. Meia hora de conversa e uma mudança de posicionamento e o curso lotou.
O que mudou? A abordagem. O curso é o mesmo, mas ela entendeu alguns pontos principais do posicionamento.
Durante a conversa ela me falava sobre o quanto o curso era interessante e o quanto ela se sentia mal por não ter as inscrições. Fiz milagre? Não. Apenas ajudei-a a perceber s valores intrínsecos do que ela estava vendendo.
• Conversei sobre o público que ela estava abordando: é apenas aprender a fazer um pão de queijo e almoçar comida mineira? “As crianças para as quais vc mandou já sabem cozinhar, não é uma novidade. Se for somente isso, você tem que mudar o público para o qual está mandando, pois o seu produto parece caro para esse público, para não ter nada de especial para eles. Para as escolas X, Y e Z isso pode ser um grande diferencial, mesmo assim você precisa mostrar a experiência que elas terão e ai abordar ainda de outra forma.”
• Despertei nela o desejo de me contar o quanto o curso tinha pontos diferentes e especiais, que viria um grande chef ensinar a fazer pão de queijo, o que eu mostrei para ela o quanto seria de valor. Fazer pão de queijo: já sabem. Aprender a fazer pão de queijo com um chef renomado dono de um dos estabelecimentos mais tradicionais e famosos de Minas Gerais: agrega um valor gigantesco.
• Questionei sobre os aspectos culturais, sobre o aprendizado extra que trariam para as crianças, além de fazer pão de queijo e comer comida mineira.
• Perguntei sobre o almoço: eles vão apenas comer ou vão participar? Vão ver o preparo da comida, verão uma demonstração como se faz uma couve por exemplo? Ou estarão brincando nesse momento? O quanto será trazido da cultura e do preparo da refeição para as crianças, além de simplesmente saborear?
Veja abaixo o antes e depois do texto dela na mesma pagina de uma rede social para entender como depois de auxiliada rapidamente ela entendeu alguns dos pontos acima:
Até eu fiquei com água na boca para fazer a oficina da direita… e você?
Esse é apenas um exemplo muito simples em que um pequeno ajuste de texto gerou uma pequena transformação.
No exemplo acima não houve ainda um trabalho de entender profundamente os valores da marca, estabelecer a direção de arte das imagens que articulassem com os textos escritos e com a identidade da marca ou ainda do design que tornasse a divulgação única e facilmente identificável como DAQUELA marca.
Por isso que nunca iniciamos um trabalho, por mais simples que pareça sem entender a marca e conversar com o cliente sobre os seus valores.
Se uma pequena mudança de olhar já traz uma mudança significativa, imagine a transformação que acontece quando nos aprofundamos de verdade?
Renata Figueiredo Lanz | Miríada design
……………..
Quer saber mais sobre como podemos te ajudar?
Basta mandar em email para renata.lanz@miriada.design
…………………………………………………………………………………………………
SOBRE A AUTORA
Atuo como diretora de criação da Miríada desde 2007, e adoro ajudar pessoas a valorizar as suas marcas através do design gráfico, de exposições e sinalização.
Acredito que tudo que fazemos tem que ser baseado em conhecimento e consistência, para poder trazer transformações nas empresas e instituições com os quais nos conectamos. E é com essa convicção que escrevo artigos, crio e desenvolvo projetos na Miríada Design.